25 de setembro de 2015

Santa insensatez!

Após alguns meses sem escrever aqui, trago novidades. A vida fez uma daquelas curvas fechadas, que mudam a nossa direção radicalmente. Depois de 18 anos de Sampa, agora estou no planalto central, onde a alvorada domina a paisagem e podemos quase tocar o céu com a ponta dos dedos.
A mudança repentina e não muito planejada está me fazendo sentir numa corda bamba. O que será que mudou em mim? Não lembro de ter sentido isso há 18 anos... Por que será que chegar em São Paulo parece ter sido muito mais fácil? Será que o tempo apaga as lembranças mais difíceis?
São Paulo era, e acho que ainda é, a minha casa. É o lugar que escolhi para chamar de meu. O lugar onde eu sei como as coisas funcionam, onde as coisas estão. Muitas pessoas dizem que São Paulo é uma cidade difícil. Eu nunca a vi assim e não sei explicar o motivo.
Mas, agora estou aqui e é preciso viver essa experiência da melhor forma possível. É preciso extrair de Brasília o que há de melhor. Por enquanto, eu vejo o céu, a arquitetura, a diversidade, o ar menos poluído, os grandes vazios. Espero poder ver muito mais. 
Espero, também, poder ver essa cidade/distrito/estado evoluir, crescer, virar gente grande. Espero poder contribuir para essa evolução. E sinto que o caminho é longo e árduo...
Por uma feliz coincidência, no dia mundial sem carro, 22 de setembro, foi a estreia da nova bike para ir ao trabalho. O que é perfeitamente normal para mim, para os brasilienses parece ser bem inusitado. Sou olhada e apontada no trânsito como um E.T.
E olha que Brasília tem tudo para ser a cidade da bicicleta: geografia plana e muito espaço. Mas as facilidades e incentivos para o uso do carro fazem com que usar a bicicleta seja quase uma insensatez. Santa insensatez! 


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